"Você deve ter em mente que nós construímos mísseis, estamos construindo isso e continuaremos a fazê-lo. Isso não viola nenhuma regulamentação internacional e não é contrário à Resolução 2231", disse Rouhani em discurso no Parlamento, conforme citado pelo Agência de Notícias Mehr.
De acordo com a Resolução 2231, Teerã é "chamado" a abster-se de realizar lançamentos de mísseis capazes de entregar armas nucleares. O Irã diz que todos os seus mísseis são projetados para transportar ogivas convencionais apenas.
O iraniano acrescentou que Teerã produziria qualquer arma necessária para proteger o país e a usaria se houver necessidade de defender o país.
O presidente disse que a administração atual dos Estados Unidos mostrou que tinha "falta de compromisso com um acordo internacional" e não respeitava as negociações e os acordos, acrescentando que tal país não pode ser confiável.
Em julho de 2015, a União Europeia, o Irã e o grupo de países P5 + 1, que é composto pelos EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, além da Alemanha, assinaram o Plano Conjunto Conjunto de Ação (JCPOA). O acordo nuclear estipula um levantamento gradual das sanções impostas ao Irã em troca de manter uma natureza pacífica do programa nuclear iraniano.
Os recentes lançamentos de mísseis iranianos desencadearam sanções e acusações dos EUA que violam o espírito de um acordo nuclear de 2015 entre Teerã e as principais potências.
O presidente dos EUA, Donald Trump, no início deste mês, se recusou a recertificar a JCPOA, acusando a República Islâmica de violar o espírito do acordo, apesar de a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ter dito repetidamente que Teerã está cumprindo o acordo.
Na quinta-feira, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou de maneira esmagadora um novo pacote de sanções para o programa de mísseis balísticos do Irã, avançando a legislação para o Senado dos EUA.