"A coalizão internacional e o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia] destruíram até mesmo as árvores e pedras na cidade, não há nada com vida. Hoje em dia é uma cidade fantasma. Uma parte dos cidadãos escapou, enquanto muitos morreram", disse o deputado.
Asad acredita que os Estados Unidos estejam usando os curdos para pôr em prática seus planos individuais; contudo, assim que o exército sírio retomar o controle da cidade, as circunstâncias vão mudar.
"O plano norte-americano na Síria está dando seus últimos suspiros depois do fracasso na área política e militar", acrescentou.
De acordo com o deputado, a operação em Raqqa levanta muitas questões, justamente por ter sido "fruto teatral necessário para aumentar a moral [dos oponentes do governo sírio] depois do sucesso e avanço do exército sírio".
Para ele, não há outra opção a não ser a retomada de controle do exército sírio na cidade, acrescentando que a questão principal que surge depois da libertação de Raqqa é a seguinte: "Para onde foram os militantes do Daesh que estavam lutando na cidade?"
Ao mesmo tempo, a Síria se referiu aos relatórios sobre Raqqa da coalizão liderada pelos EUA como "enganosos", que visam dividir opiniões da comunidade internacional no que se refere aos crimes da coalizão alegadamente cometidos em Raqqa, comunicou no domingo a agência de notícias SANA, citando uma fonte oficial do Ministério das Relações Exteriores e dos Expatriados.
Damasco vai continuar a considerar Raqqa uma cidade ocupada até que exército sírio a controle, disse a agência de notícias.
As Forças Democráticas da Síria anunciaram em 20 de outubro a libertação plena de Raqqa das mãos do Daesh com apoio dos EUA. Depois de algumas horas, a coalizão, chefiada pelos Estados Unidos, confirmou a vitória e o presidente Donald Trump se referiu à operação de libertação da cidade como "avanço-chave", acrescentando que "a transição para a nova fase" deve ser aplicada.