De acordo com a legislação da Espanha, a rebelião é qualificada como um crime punível com até 30 anos de prisão. As acusações podem ser apresentadas a Puigdemont a partir desta segunda-feira (30), o primeiro dia útil depois de Madri ter introduzido a administração central direta na Catalunha.
Puigdemont afirmou que não reconhece a ordem de seu afastamento do poder. Ele apelou a fazer "oposição democrática" ao governo espanhol. De acordo com o BBC, caso Puigdemont seja preso, isto poderia provocar fortes protestos.
Entretanto, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, Alfonso Dastis, afirmou que o líder catalão pode "teoricamente" participar das eleições se não for preso antes da votação.
"Eu não sei o que juridicamente pode acontecer entre hoje e 21 de dezembro. Caso ele [Puigdemont] não seja preso até essa data, eu acho que ele pode ser considerado elegível", disse Dastis.
Enquanto isso, nesta segunda-feira (30), Puigdemont postou em sua conta do Instagram uma foto da vista a partir da Generalidade, fazendo com que seus seguidores tentem adivinhar se hoje ele compareceu ao trabalho ou não.
O referendo controverso sobre a independência foi realizado na Catalunha em 1º de outubro. De acordo com os dados oficiais locais, apenas 2,26 milhões dos 7,5 milhões de habitantes da região participaram da votação. Contudo, mais de 90% dos que votaram se expressaram a favor da independência. Por sua vez, Madri qualificou o referendo como ilegal.