No entanto, ele espera que, na próxima Copa, os políticos venham a acompanhar o evento esportivo, dizendo estar confiante de que Portugal terá uma alta representação política no campeonato.
"Claro que espero que agora no Campeonato do Mundo haja uma elevada representação política portuguesa […] Tanto mais que o futebol está na alma dos portugueses".
Paulo Vizeu Pinheiro disse ainda que a possível participação na Copa do chefe de Estado português, do primeiro-ministro ou dos ministros costuma ser acertada em uma "fase mais adiantada", quando for programada a participação da seleção portuguesa.
Avançando com o tópico, o diplomata revelou também qual seria a final ideal para ele.
"Como embaixador de Portugal, ficaria muito contente que a final fosse entre a Rússia e Portugal", ironizou, acrescentando estar muito satisfeito por estar na Rússia como embaixador na data do campeonato.
Os distúrbios provocados por torcedores de futebol foi outro tema abordado durante a entrevista. Após o Euro 2016, a mídia europeia acusou os torcedores russos de provocações e incitações ao ódio racial.
Na opinião do embaixador, às vezes acontecem excessos deste tipo, mas estes podem ocorrer entre fãs de qualquer nacionalidade, inclusive de Portugal. "A questão da violência desportiva é um problema transversal à sociedade e aos países, não conhece fronteiras. É óbvio que é um problema que tem vindo a ser resolvido […] pela FIFA, pelas federações nacionais", disse Paulo Pinheiro.
Falando do possível número de portugueses que virão assistir a Copa em 2018, o diplomata sublinhou que muito depende da publicidade e da programação dos jogos, mas, dada a experiência da Copa das Confederações, o número será alto.
"Tudo faremos para que haja muitos portugueses a virem à Rússia, para ver o futebol, e não só", disse, referindo-se à Rússia em geral e às cidades que vão sediar a Copa.
Para Paulo Pinheiro, o futuro Mundial é uma ótima oportunidade para que haja mais portugueses a conhecer a Rússia e vice-versa.