"Posso supor que é um aviso para a Coreia do Norte sobre a prontidão e capacidade dos EUA de atacar o país", comunicou o analista da Universidade Nacional da Austrália, Adam Broinowski, à Sputnik Internacional.
"O encontro de Trump com Abe vai apoiar a iniciativa deste em relação à militarização do próprio sistema de segurança do Japão. Ele também mostrará à Coreia do Norte que os EUA pretendem intensificar a sua presença militar no país. É possível que Trump negocie com o Japão e a Coreia do Sul a troca de novas tecnologias dos EUA…sob pretexto da ameaça por parte da Coreia do Norte, para justificar o aumento de gastos militares", afirmou ele.
Adam Broinowski comentou também as palavras do chefe do Pentágono, James Mattis, de que os EUA nunca reconhecerão o estatuto nuclear da Coreia do Norte, acrescentando que a declaração coincidiu com a chegada do bombardeiro B-2.
De acordo com ele, espera-se que a Coreia do Norte se abstenha das armas nucleares em troca de algo, que os EUA podem garantir ao país. Isso, segundo Broinowski deixa a Coreia do Norte sem instrumentos de pressão que o país pretende obter graças à existência de armas nucleares.
O B-2 é o bombardeiro de longo alcance que pode utilizar armas tradicionais e nucleares – as bombas nucleares de queda livre que, supostamente, possam destruir a infraestrutura militar, principalmente os centros de comando e controle subterrâneos.