Norte-coreanos são presos na China por plano para matar 'sucessor' de Kim Jong-un

© AP Photo / Lee Jin-manKim Han-sol é filho de Kim Jong-nam, meio irmão mais velho de Kim Jong-un e que foi morto em um aeroporto da Malásia, em fevereiro
Kim Han-sol é filho de Kim Jong-nam, meio irmão mais velho de Kim Jong-un e que foi morto em um aeroporto da Malásia, em fevereiro - Sputnik Brasil
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Dois membros de uma equipe de sete assassinos norte-coreanos foram presos em Pequim na semana passada, acusados de planejarem um atentado contra Kim Han-sol, sobrinho do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, tido como um possível sucessor do governo do país asiático.

Citando fontes de Pyongyang, o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo noticiou última segunda-feira as prisões feitas pelas autoridades chinesas, que investiga as intenções do grupo contra Kim Han-sol, filho de Kim Jong-nam, que foi envenenado em um aeroporto da Malásia em fevereiro.

No passado, o sobrinho de Kim Jong-un criticou o governo da Coreia do Norte, à época já governado pelo tio. O pai dele, filho mais velho de Kim Jong-il (morto em 2011), acabou preterido na linha de sucessão e deixou Pyongyang no início dos anos 2000. Ele e a família viviam em Macau, até o assassinato ocorrido há sete meses, o qual, suspeita-se, poderia ter ligações com o atual governo norte-coreano.

Kim Jong-nam morreu no aeroporto de Kuala Lumpur, em fevereiro, depois que as duas mulheres passaram o gás nervoso VX no seu rosto. Desde a prisão de ambas, elas disseram à polícia que foram abordadas por homens que lhes disseram que iriam participar de uma briga para um programa de televisão.

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De acordo com o jornal sul-coreano, a polícia chinesa não sabe o paradeiro dos demais membros da equipe de assassinato, que aparentemente era constituída por uma unidade de ação, um grupo de suporte e uma unidade projetada para identificar a localização da Kim Han-sol e não deixar pistas.

O plano teria sido descoberto pelas autoridades da China durante os preparativos para o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista em Pequim, que começou em 18 de outubro e durou sete dias.

Após a morte do pai, o paradeiro de Kim Han-sol, da sua mãe e irmã é desconhecido. Segundo o JoongAng Ilbo, é possível que o governo chinês tenha oferecido proteção ao sobrinho de Kim Jong-un, como uma salvaguarda para a linha sucessória norte-coreana.

Em 2012, o jovem de 22 anos chamou o tio de “ditador” e declarou ter vontade de voltar a viver na Coreia do Norte um dia. Ele destacou ainda que sua ambição é ajudar as pessoas do seu país.

Questionado nesta terça-feira sobre a suposta tentativa de assassinato de Kim Han-sol, o ministro sul-coreano da Unificação, Cho Myoung-gyon, declarou não ter qualquer informação sobre o assunto.

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