De acordo com Kyle Mizokami um dos primeiros exemplos da construção subterrânea norte-coreana foi a descoberta de vários túneis da Coreia do Norte para a Coreia do Sul na zona desmilitarizada. O primeiro túnel foi construído em 1974 e foi suficientemente grande, garantindo um deslocamento de até 2 mil soldados por hora. Um túnel ainda maior foi descoberto em 1978 também perto da zona desmilitarizada.
Desde então, foram detectados pelo menos mais 4 túneis subterrâneos com eletricidade, sistema de geração de ar e várias vias ferroviárias.
É difícil estimar quantos túneis possui a Coreia do Norte, indica Mizokami no seu artigo no The National Interest. De acordo com um relatório, Kim Il-sung ordenou que cada 10 divisões deslocadas na linha de frente, fossem cavados 2 túneis. Se completo, isso significaria que mais de uma dezena de túneis ainda não foram descobertos.
Estima-se que a Força Aérea da Coreia do Norte possua três bases subterrâneas. As instalações militares subterrâneas – é uma série de bunkers perto da zona desmilitarizada. De acordo com um delator norte-coreano, desde 2004 o país construiu mais de 800 bunkers. Segundo o jornal militar sul-coreano, os EUA acreditam que o país possui de 600 a 800 abrigos em todo o país.
Além disso, o autor indica que de acordo com as estimações, a Coreia do Norte possa ter 200 cavernas com artilharia perto da zona desmilitarizada que será utilizada em caso de uma invasão da Coreia do Sul.
Como é que os EUA devem lidar com as instalações subterrâneas? Primeiro, de acordo com Kyle Mizokami, é preciso localizar as instalações bem escondidas, principalmente através da intercepção das transmissões por rádio pelos serviços de inteligência.
Após encontrar a localização, existem três cenários como lidar com o império subterrâneo norte-coreano, afirma ele. A primeira opção é bombardeá-lo. Mas os bombardeamentos podem causar desmoronamentos que vão dificultar a entrada das próprias tropas dos EUA e da Coreia do Sul. Mais uma opção é deslocar as tropas perto dos túneis e simplesmente matar algumas pessoas ao saírem do túnel. Segundo o autor, a opção mais efetiva e ao mesmo tempo mais perigosa seria invadir os túneis.