De acordo com o artigo dos cientistas Marek Karliner e Jonathan L. Rosner, publicado na revista Nature, a nova fonte de energia é originada pela fusão de partículas subatômicas conhecidas como "quarks".
Em geral, essas partículas são formadas na sequência da colisão de átomos que se movem a velocidades muito altas. Por exemplo, foi desta maneira que os físicos os obtiveram dentro do Grande Colisor de Hadrões. Entretanto, o processo não termina aí: os quarks dissociados tendem a colidir entre si e a interagir com outras partículas, os bariões.
Ao substituir os quarks convencionais por outros mais "pesados", os físicos conseguiram obter aproximadamente 138 MeV de energia pura, um resultado oito vezes maior do que o rendimento útil da síntese de hidrogênio, afirmou Vasily Makarov em seu artigo para o portal russo Popmech.
Segundo o autor, no início os cientistas não se atreviam a publicar os resultados do seu estudo. Receavam que, tal como no caso da síntese de hidrogênio, os experimentos fossem extremamente perigosos.
Entretanto, mais tarde foi revelado que a vida dos quarks dura apenas um picosegundo, o que é insuficiente para lançar uma reação em cadeia, porque os quarks se decompõem rapidamente em outras partículas mais leves.
No entanto, é apenas uma questão de tempo: a teoria foi testada experimentalmente e agora os cientistas só precisam de preparar a base tecnológica para que a humanidade passe a dispor de uma fonte de energia ambientalmente limpa e incrivelmente potente, conclui Makarov.