Segundo Ivan Vinnik, deputado do partido governante e autor da possível emenda, a Rússia será reconhecida como um país agressor na segunda leitura da lei sobre a reintegração de Donbass.
"Depois disso, manter relações diplomáticas será um crime por parte do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia. De fato, as relações já foram rompidas, não há embaixadores, nas missões diplomáticas trabalham diplomatas secundários, precisamos fixar a ruptura a nível legislativo", afirmou Vinnik.
Fontes do parlamento ucraniano disseram ao jornal Kommersant que acreditam na aprovação da emenda.
"O passo seguinte será um decreto correspondente do presidente Pyotr Poroshenko, depois do qual serão fechadas instituições diplomáticas russas na Ucrânia e as ucranianas na Rússia e os interesses de Kiev em Moscou vão ser representados por Bielorrússia ou Suíça", frisou.
Anteriormente, o senador russo Frants Klintsevich declarou que a Ucrânia viola os direitos dos membros do parlamento ucraniano e ameaça de persegui-los por visitar a Rússia. Além disso, o parlamentar ressaltar que "não se descarta que, dessa maneira, Kiev esteja preparando terreno para romper relações diplomáticas com o nosso país".
O texto revisado do projeto deveria ter sido lido mais uma vez em meados de outubro, mas a segunda leitura não ocorreu.
A representante de Poroshenko no parlamento, Irina Lutsenko, declarou que o Comitê para Segurança Nacional e Defesa recebeu mais de 2.000 emendas ao projeto de lei e que o documento poderia ser votado no parlamento em meados de novembro.
Em 2015, o parlamento ucraniano definiu a Rússia como país agressor, acusando-o de intervir em seus assuntos internos e da participar do conflito em Donbass.
Moscou declarou inúmeras vezes que não é parte do conflito interno ucraniano e se interessa apenas pela recuperação o mais rápido possível do país vizinho, que enfrenta crise desde 2014.