Para a The Economist, Bolsonaro quer ser o Trump brasileiro, mas tem uma retórica "ainda mais indecorosa". A revista acompanhou a chegada do político no aeroporto de Belém, no Pará, e afirmou que ele foi recebido como um "herói voltando para casa".
"Um nacionalista religioso e ex-capitão do Exército, ele é anti-gay, pró-armas, e faz apologia de ditadores que torturaram e mataram brasileiros entre 1964 e 1985. Ele se coloca contra a elite política do país, cujo modus operandi foi exposto pelos três anos da Operação Lava-Jato", diz a revista.
A publicação recordou passagens polêmicas da carreira de Bolsonaro, como a menção ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 e a afirmação de que não estupraria Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merece.
A The Economist ainda pontuou que o deputado é o segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás apenas do ex-presidente Lula. Ainda assim, avaliou que as pesquisas são imprecisas porque as eleições ainda estão longe.