"Prestamos atenção às confissões do chefe do Mecanismo Conjunto de Investigação dos Casos de Uso das Armas Químicas na Síria da OPAQ e da ONU, senhor Mulet, pronunciadas na entrevista dele ao correspondente do jornal New York Times datada de 9 de novembro. Acreditamos que seu tom e, o que é ainda mais importante, o conteúdo dos ataques efetuados em relação à Rússia são intoleráveis para um alto funcionário internacional deste nível. Para nós, é evidente que dessa maneira ele tenta claramente salvar sua reputação já fortemente manchada", diz o comentário do Ministério das Relações Exteriores russo.
"Na verdade, em resposta ao pedido oficial por parte da direção do Mecanismo Conjunto de Investigação, foram apenas apresentadas considerações sobre como organizar o trabalho do Mecanismo tendo em consideração as falhas cometidas em investigações anteriores. Propusemos a Mulet, particularmente, para não se comprometer com uma ou outra versão, mas prestar completa atenção a cada uma delas. Mas a recomendação principal consistia em atuar em rigorosa conformidade com os padrões da Convenção para a Proibição das Armas Químicas. Isso, em primeiro lugar, previa o envio de especialistas tanto ao local do incidente, Khan Shaykhun, como à base aérea de Shayrat", frisou o ministério.
Ademais, a chancelaria assinalou que as avaliações dos especialistas russos a esse respeito devem ser consideradas de forma muito séria.
"De fato, elas têm um caráter objetivo, pois, ao contrário do relatório do Mecanismo Conjunto de Investigação, se baseiam em leis da física, ciência militar e análise técnica", acrescentou.