Anteriormente, o porta-voz do governo rebelde, brigadeiro-general Sharaf Ghalib Luqman, disse que "os crimes de agressão sistemáticos" e "fechamento dos portos" obrigam as forças houthis "a mirar em todas as fontes de financiamento" do agressor. Ele adicionou que o país está pronto para "responder à elevação da agressão dos EUA e Arábia Saudita em breve".
A ameaça veio depois da reunião dos líderes da guarda naval, costeira e de defesa com o major-general Yousef al-Madani no sábado (14). No mesmo dia, o líder houthi Abdel-Malek al-Houthi postou no Facebook dizendo que "a navegação internacional permanecerá segura como antes", salientando que "somente os que atacam nosso país" serão postos na mira.
Na semana passada, a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita anunciou o fechamento temporário de todas as passagens terrestres na fronteira iemenita, bem como os portos aéreos e navais em resposta ao míssil balístico lançado contra Riad em 5 de novembro.
Yemen’s Houthis threaten to torpedo Saudi warships with new ‘underwater missiles’ https://t.co/GAglBMOuts pic.twitter.com/katFYr11mI
— RT (@RT_com) 7 de novembro de 2017
Depois do fechamento, alguns órgãos da ONU expressaram preocupação com o destino dos civis no país, onde cerca de sete milhões de pessoas estão passando fome, enquanto outros dependem de assistência humanitária em meio à epidemia de cólera mortal. Cerca de 90% das necessidades diárias dos iemenitas são supridas pela ajuda humanitária.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, avisou que o bloqueio saudita "tem um impacto extremamente negativo na situação que já pode ser caraterizada como catastrófica".
A coalizão da Arábia Saudita tem efetuado missão militar contra os rebeldes houthis xiitas no Iêmen desde 2015. De acordo com estatísticas da ONU, o conflito de três anos já levou à morte de mais de 5 mil civis.