Seppelt assinalou que tal decisão pode fazer com que a seleção russa seja afastada dos Jogos Olímpicos em 2018, que terão lugar na Coreia do Sul. De acordo com ele, a "Rússia não cumpriu as exigências da agência: não reconheceu a interferência por parte do governo em seu programa antidoping e não assegurou o acesso às amostras fechadas".
Em novembro de 2015, a WADA acusou a Rússia de violações múltiplas das regras antidoping. A agência declarou também que a RUSADA não corresponde ao código antidoping. A questão sobre o restabelecimento dos direitos da RUSADA será estudada em 16 de novembro.
As autoridades russas afirmaram repetidamente que no país não existe um programa de apoio estatal ao uso de doping no esporte.
O presidente da Federação dos Jornalistas Esportivos da Rússia, Nikolai Dolgopolov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik opinou que se trata de uma campanha política contra o esporte russo.
"Este é uma encomenda política e ideológica, que, em minha opinião, Hajo Seppelt está cumprindo muito bem. Sua declaração não surgiu por acaso, já que em 16 de novembro, em Seul, terá lugar a reunião da WADA. A WADA desempenha um papel importante quanto à preparação de dados para as duas comissões do COI. E já de 5 a 7 de dezembro, em Lausana, o COI deve tomar a decisão final sobre a forma de participação da Rússia dos Jogos Olímpicos. E estes vazamentos que Hajo Seppelt faz têm um impacto forte sobre estas organizações internacionais […] É uma pressão sobre os integrantes da WADA e COI. Está ocorrendo uma campanha bem organizada, ela não é esportiva, mas, sim, política, para difamar o esporte russo", acredita Dolgopolov.