"Se vermos quem representa a maior ameaça, são precisamente diversos terroristas estrangeiros tutelados pelos Estados Unidos, militantes que se juntam aos grupos da oposição armada apoiados pelos EUA", afirmou o chanceler.
De acordo com Lavrov, para os EUA o rumo correto do processo político na Síria é a mudança de regime no país, embora Washington não exija a demissão prévia de Bashar Assad.
"Isso tudo contradiz os acordos de Genebra, contradiz as declarações […] de que o único objetivo dos EUA na Síria é o combate ao terrorismo", disse.
Mais cedo, o chefe do Pentágono, James Mattis, afirmou que a ONU permitiu aos EUA combater no território sírio porque a organização adotou diversas resoluções contra o Daesh, acrescentando também que os EUA não vão retirar suas tropas do país árabe até que as negociações sobre o país em Genebra deem certo.
O conflito armado na Síria continua desde março de 2011. Segundo os dados da ONU, desde então morreram mais de 220 mil pessoas.
Em 2015, os EUA iniciaram na Síria uma campanha contra o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia), sem autorização das autoridades sírias. Desde setembro de 2015, a Rússia, a pedido de Damasco, está efetuando no país uma operação antiterrorista.