O informe trata da discussão sobre defesa e política externa e, embora não mencione os Estados Unidos, parece abordar as 20 ogivas nucleares estadunidenses que estariam em uma base militar em Buechel, no oeste da Alemanha, de acordo com estimativas não oficiais.
Depois da vitória nas eleições parlamentares de setembro, a chanceler Angela Merkel está tentando garantir um quarto mandato como primeira-ministra através de uma coalizão improvável com os ecologistas Verdes e os Democratas Livres Liberais (FDP), depois que seu bloco conservador perdeu apoio para a extrema-direita no recente pleito.
Membro da OTAN, a Alemanha não é uma potência nuclear e, em 2011, o governo liderado por Merkel anunciou planos para fechar todos os reatores nucleares do país até 2022, após o desastre de Fukushima, no Japão.
"Dentro da OTAN, queremos garantir que as armas nucleares remanescentes na Alemanha sejam retiradas e queremos suspender o programa de modernização", escreveram os três possíveis parceiros políticos de coalizão no documento.
Antes de deixar a Presidência dos EUA, o presidente Barack Obama anunciou planos para modernizar bombas nucleares, sistemas de entrega e laboratórios do país. O seu sucessor, Donald Trump, disse neste ano que quer fortalecer e expandir a capacidade nuclear do país.
Os conservadores, os Verdes e os Democratas Livres Liberais esperam encerrar as discussões em torno de uma possível coalizão nesta quinta-feira e passar a negociações adequadas sobre a formação de um governo de fato.
Todos os envolvidos continuam divididos em várias questões-chave, incluindo a imigração, a reforma da zona do euro e a política climática.