"A múmia está bem conservada e sua mortalha de linho não foi danificada. Seu rosto foi coberto com uma máscara de papiros, coberta com tinta dourada e azul que retrata o deus do céu, Khepri, e o peito decorado com a imagem da deusa Ísis", afirmou Mustafa Maseri, chefe do Ministério de Antiguidades.
A missão arqueológica russa realiza escavações em várias regiões do Egito: na antiga capital Mênfis, em Alexandria e no sul do país, perto da cidade de Luxor. Entretanto, as escavações na região pouco explorada ao sul de Cairo, Fayoum, foram as mais bem-sucedidas.
Desde a antiguidade, essa região foi considerada um celeiro não apenas para o Antigo Egito, mas também para Roma e Grécia Antiga, porque permitia colher duas safras por ano. Os faraós da XII dinastia egípcia até mesmo transferiram a capital perto desse oásis, quando o resto do território do Egito sofria de seca. O lago de água potável Karun, localizado no oásis, permitiu criar o sistema de irrigação.
A nova descoberta dos arqueólogos russos e egípcios foi de uma múmia bem preservada, encontrada dentro de um sarcófago muito danificado. Segundo os cientistas, eles fizeram uma restauração inicial da múmia para não danificá-la durante seu transporte ao Fayoum, onde será estudada cuidadosamente.
O estudo mais aprofundado da múmia ajudará os cientistas a estabelecer quando ela foi sepultada e revelar outros mistérios da vida e sepultamento do Antigo Egito.