"Não podemos dizer como se irá desenvolver a situação no Zimbábue nos próximos dias e não sabemos se isso significa o derrube de Mugabe ou não", cita Reuters o secretário britânico.
Boris Johnson também apelou a todas as partes para que evitem a violência. A mesma opinião expressou a diplomacia da União Europeia, apelando a resolver a situação através de negociações.
No início de novembro, o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, de 93 anos, afastou do cargo da vice-presidência do país e possível sucessor Emmerson Mnangagwa, que contava com o apoio do exército.
Mais tarde, a agência African News Agency (ANA) informou que o vice-presidente demitido voltou à capital do país, Harare, para liderar o governo.
Mnangagwa ocupou o cargo de ministro de Segurança do Estado durante o primeiro governo do Zimbábue independente, sendo nomeado vice-presidente em 2014. No mesmo período, o partido no poder se dividiu: uma parte apoiava o ex-ministro Mnangagwa, apelidado de Jacaré, a outra apoiava a esposa do presidente, Grace Mugabe.
Mais cedo, a ANA comunicou que o presidente tinha conseguido chegar a acordo com os militares para que sua esposa saísse em segurança do país em troca de seu abandono do cargo.