"A atenuação da carga tributária que a República obterá na sequência da reestruturação da dívida nos permitirá alocar o dinheiro libertado ao desenvolvimento da economia do país, melhorar a capacidade de pagamento do devedor, aumentará chances de todos os credores para receberem empréstimos que alguma vez concederam à Venezuela", diz-se no comunicado.
Logo depois, já o vice-presidente da Economia venezuelano, Wilmar Castro Soteldo, afirmou que tal passo incentivará uma troca comercial mais forte entre Moscou e Caracas.
Em entrevista coletiva em Moscou, Castro frisou que "este novo perfil dessa dívida, com toda a certeza, vai traduzir duas coisas fundamentais".
"A primeira delas é satisfazer o conjunto de necessidades que o povo venezuelano exige, e em segundo lugar é conseguir retomar o intercâmbio comercial que conseguíamos manter nos primeiros anos de nossas relações comerciais com a Rússia", adiantou.
Não é o primeiro ano da crise venezuelana. De acordo com prognósticos do FMI, o PIB do país diminuirá 12% neste ano. No início de novembro, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a reestruturação da dívida externa do país. Esta decisão não toca as obrigações do país em relação à petrolífera estatal PDVSA.