De acordo com o RT, a menina sofreu concussão e quebrou a perna, e foi transferida para um hospital local em estado crítico. A menina estava viajando para visitar sua avó sem seus pais, mas acompanhada pela professora da escola. Alegadamente, a mulher teria coberto a criança com seu corpo para protegê-la das lesões, de acordo com as testemunhas que vieram ao local do acidente.
Queda sem precedentes
Em 27 de janeiro de 1972, a aeromoça Vesna Vulovic, de 22 anos, estava viajando na Yugoslav Airlines, voo 367, para a cidade de Belgrado, quando o avião explodiu em pleno ar. O acidente ocorreu perto de Srbska Kamenice, na República Tcheca. De 28 pessoas que estavam a bordo, só Vesna conseguiu sobreviver, caindo de uma altura de mais de 10 mil metros, após a explosão de uma bomba terrorista colocada dentro do avião.
Ela sofreu múltiplas fraturas e ficou 27 dias em coma, passando os 16 meses seguintes no hospital. A salvação milagrosa da mulher entrou no Livro Guinness dos Recordes, pela queda não mortal mais longa sem paraquedas.
"As pessoas sempre querem ficar sentadas perto de mim em aviões", disse ela.
Depois, Vesna voltou a trabalhar com a linha aérea, mas fazendo trabalhos em escritório, embora alegadamente ansiosa para voltar aos voos algum dia.
Tragédia em hóquei russo
O avião Yak-42, que transportava todo o time principal do clube de hóquei russo Lokomotiv Yaroslavl, colidiu com a terra poucos minutos após a decolagem, matando imediatamente 43 pessoas, em 7 de setembro de 2011.
"Decolamos de um terreno não pavimentado, eu já imaginei que o avião estava caindo e que nós sofreríamos um acidente", contou Aleksandr Sizov em uma das entrevistas.
Uma das maiores tragédias do esporte russo, tornando o dia 7 de setembro uma data obscura para os clubes de hóquei russos, portanto, que para este dia nunca se planejam quaisquer eventos.
A catástrofe é lembrada não só na Rússia, mas também nos países de origem dos jogadores, inclusive Bielorrússia, República Tcheca, Alemanha, Letônia, Eslováquia, Suécia e Ucrânia.
Menina do milagre
Bahia Bakari, uma menina de Paris com 12 anos de idade, deu-se por si quando estava dentro da água agarrada aos destroços, depois de um voo da Yemenia Airways para as Ilhas Comores com 153 pessoas a bordo, cair no Oceano Índico, em 30 de junho de 2009.
Bakari ficou boiando na água por 10 horas, até que um pescador que estava de passagem resgatou-a do mar.
"Eu a perguntei o que aconteceu e ela disse: 'Vimos o avião caindo ao mar. Eu me vi ao mar. Estava ouvindo as pessoas falando, mas não consegui ver ninguém. Papai, eu não conseguia nadar muito bem. Eu agarrei algo, mas não sei o que era", contou o pai da menina depois.
Já que todas as outras 152 pessoas a bordo morreram, a história de Bakari foi apresentada como um milagre.
"Em meio ao luto, lá está Bakari. É um milagre, é uma batalha extraordinária pela sobrevivência", afirmou o ministro de Cooperação da França, Alain Joyandet.
Quando salvação se torna tragédia
Ruben Van Assouw virou o protagonista de manchetes em todas as línguas após ter sobrevivido ao acidente das linhas aéreas Afriqiyah Airways Airbus 330-200, perto da capital libanesa, Tripoli, em 12 de maio de 2010. O acidente matou 103 passageiros e membros da tripulação, incluindo os pais do menino e seu irmão mais velho.
O menino de 9 anos estava viajando para casa voltando de um safari na África do Sul, onde seus pais celebraram o aniversário de casamento, conforme as tradições holandesas.
Inconsciente e sangrando, Ruben foi encontrado preso em seu assento debaixo dos destroços.
"Estou no hospital. Há homens e mulheres. Não sei como vim parar aqui, não sei de nada", disse Ruben ao jornal De Telegraaf na época, enquanto estava se recuperando de numerosas fraturas nas pernas. Mais tarde, foi relatado que o menino estaria sendo criado por seus tios na Holanda.