"A solução só será viável através da democracia, do diálogo e da reconciliação nacional, com a ajuda de outros países contribuindo para a recuperação", disse Jungmann aos convidados do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em Washington, através de um tradutor.
"Qualquer intervenção pioraria o problema, fechando o país ainda mais", emendou o ministro brasileiro.
Jungmann reconheceu que a crise da Venezuela representa um difícil dilema porque "estamos contra a ditadura que existe".
Em março, o Supremo Tribunal venezuelano anunciou que estava assumindo os poderes da Assembleia Nacional controlada pela oposição, preparando o caminho para uma nova constituição patrocinada pelo presidente Nicolás Maduro.
A oposição acusa Maduro de iniciar uma ditadura para substituir a democracia da nação.
Depois de anos de má gestão econômica sob o domínio socialista, com grande ênfase nos programas sociais financiados pelo governo visando os pobres do país, a Venezuela sofre com a escassez de alimentos, apesar de possuir as maiores reservas de petróleo conhecidas do mundo, de acordo com relatórios publicados.
Recentemente, os Estados Unidos impuseram sanções econômicas à Venezuela, enquanto Maduro frequentemente culpa Washington por promover uma guerra econômica que traz sérios problemas para a nação.