Segundo reportagem da revista estadunidense Newsweek, Pyongyang toparia deixar o seu desenvolvimento de armas nucleares no caso dos EUA tomarem esse caminho primeiro.
O jornal oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, o Rodong Sinmun, pediu na última quarta-feira ao presidente dos EUA, Donald Trump, que pare de promover o arsenal nuclear e prosseguir uma política de não proliferação de armas atômicas.
Pyongyang disse que só precisa de armas de destruição em massa para impedir Washington de derrubar o governo do líder Kim Jong-un, algo que os EUA prometeram fazer pela força, no caso de as autoridades norte-coreanas não acabarem com seu programa nuclear.
"Ninguém tem o direito de nos condenar"
"O acesso da Coreia do Norte a armas nucleares e mísseis balísticos intercontinentais é uma escolha justa por razões de autodefesa para lidar com a ameaça nuclear dos EUA, para que ninguém tenha o direito de condená-la", disse o texto da mídia oficial norte-coreana.
De acordo com o Rodong Sinmun, a desnuclearização é a aspiração e o desejo da humanidade, para os quais "os EUA e outros países que possuem os maiores arsenais nucleares devem liderá-lo".
Além disso, no mesmo artigo foi descrito como um "sonho estúpido" tentativa de Trump de buscar o desmantelamento de armas nucleares na Coreia do Norte. Em vez disso, Pyongyang exorta Washington a "reconhecer, respeitar e conviver com a Coreia do Norte como um Estado nuclear".
Desde o primeiro teste nuclear norte-coreano, em 2006, os EUA lideraram uma campanha internacional de sanções para pressionar as autoridades do Estado asiático em direção ao desarmamento.
A presidência de Trump testemunhou uma escalada de tensão liderada pela troca de ameaças, a expansão da presença militar dos EUA na região da Ásia-Pacífico e pela intensificação das manobras militares que ocorrem perto da Coreia do Norte.