As tensões entre Riad e Teerã voltaram a crescer nos últimos dias por conta da renúncia surpreendente do primeiro-ministro do Líbano Saad Hariri e da escalada do conflito no Iêmen, eventos que o reino wahhabita atribuem indiretamente a uma alegada participação iraniana.
Hariri anunciou que estava abandonado o cargo no último dia 4, durante uma visita à Arábia Saudita, acusando o Irã e o Hezbollah de planejarem atentados contra ele. O presidente libanês, Michel Aoun, no entanto, disse que os sauditas teriam feito o premiê de refém, obrigando-o a renunciar.
No caso do Iêmen, Riad acusa o Hezbollah e o Irã de estarem envolvidos no recente lançamento de um míssil, por parte de rebeldes houthis, contra o território saudita.
"O reino não ficará assistindo e não hesitará em defender sua segurança", afirmou o chanceler saudita, Adel Jubeir, citado pela Reuters. "Qualquer leniência em lidar com suas políticas serviriam apenas para encorajá-los", acrescentou, se referindo a Teerã e Hezbollah.