Por que imagem de Charles Manson se tornou parte da subcultura dos EUA?

© REUTERS / HandoutAssassino em série, Charles Manson, em uma foto divulgada pelo Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia, 16 de julho de 2011
Assassino em série, Charles Manson, em uma foto divulgada pelo Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia, 16 de julho de 2011 - Sputnik Brasil
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Nos EUA o assassino em série, Charles Manson, condenado à prisão perpétua, faleceu em um hospital por complicações de saúde. O especialista Aleksandr Kubyshkin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, referiu-se a Manson como uma figura obscura de um período controverso da história norte-americana.

Charles Manson morreu aos 83 anos. Debra Tate, irmã da atriz Sharon Tate – uma das vítimas do assassino norte-americano, confirmou ao portal TMZ que Charles Manson faleceu no domingo (19).

O ano de 1969 foi palco do seu crime mais sangrento: em agosto Manson matou sete pessoas, entre elas estava Sharon Tate, esposa do diretor cinematográfico Roman Polanski. Com a eliminação da lei sobre execução na Califórnia, ele foi condenado à prisão perpétua.

A notícia sobre sua hospitalização saiu ainda na semana passada. O departamento de execuções e reabilitação de prisioneiros da Califórnia confirmou falecimento de morte natural do assassino em série.

O professor da Universidade Estatal de São Petersburgo, Aleksandr Kubyshkin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, contou por que a imagem de Charles Manson foi inserida tão firmemente na cultura norte-americana.

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"A imagem de Charles Manson faz parte da 'subcultura do protesto', cultura disseminada nos EUA desde os finais de 1950, em especial nos anos 60 e 70. Trata-se de uma figura muito obscura de um período controverso da história norte-americana."

"Seitas satânicas, proliferadas por todo território dos EUA na época, refletiam uma situação bastante específica da vida intelectual e espiritual do país atingido por uma crise gravíssima devido à Guerra do Vietnã, aos movimentos pelos direitos civis e pela liberdade das mulheres […] Em meio a isso, surgiram movimentos culturais alternativos, incluindo cultura satânica ligada a seitas pseudorreligiosas que defendiam um estilo de vida amoral, amor livre etc", disse Aleksandr Kubyshkin.

Para o especialista, os crimes cometidos por Manson e seus cúmplices se tornaram uma página triste da história norte-americana.

"Manson era um homem ambicioso. Na cadeia ele se dedicou à música, e, se não me engano, até tentou fazer parte de um grupo musical famoso na época – The Monkees."

A banda anunciou o concurso para escolha de novo integrante; Manson era um dos 400 candidatos. Contudo, não conseguiu. Ao sair da prisão, ele criou uma comunidade que propagava uma convivência livre, bem como princípios de ódio racial, violência e satanismo.

Para especialista, trata-se de uma página triste na cultura norte-americana, pois tudo estava acompanhado de crimes e assassinatos. Em resultado, Manson foi condenado à pena de morte, mas por causa da lei no estado californiano, ele viveu até 83 anos e faleceu na cadeia.

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