De acordo com um artigo do PLA Daily (jornal oficial do Exército de libertação Popular), a falta de árvores está causando colapsos mentais nos militares chineses, que estão instalados na cidade. Quando os soldados de Nagqu viajam a Lahsa — capital do Tibete — supostamente abraçam árvores assim que chegam, informou o jornal chinês South China Morning Post.
O novo projeto da China, que prevê uso de energia solar para possibilitar o cultivo de áreas florestais em Nagqu, ignora o clima local e as necessidades de sua flora e fauna; o importante é tornar a paisagem mais confortável para seus soldados.
Porém, muitos especialistas falam sobre custo exorbitante para realização da ideia e os possíveis efeitos negativos à natureza.
"Alguns funcionários estariam fazendo isso para agradar o presidente, mas a maioria dos cientistas está preocupada com o projeto", disse um pesquisador anônimo ao South China Morning Post.
Segundo dados científicos, o uso de painéis solares para funcionamento de redes de aquecimento permitiu cultivo de árvores tais como abeto, cipreste e pinheiros em uma área maior do que 30 estádios esportivos. No entanto, o custo total do projeto pode chegar a 10 milhões de dólares (R$ 32,6 milhões).
"Estas podem ser as árvores mais caras do mundo", afirmou outro cientista.
O projeto também pode prejudicar a delicada balança ecológica da região, pois árvores artificialmente criadas drenarão os recursos de água da zona, assim como mudarão o habitat dos animais locais.