Presa em beco sem saída, Merkel indica que novas eleições vêm aí na Alemanha

© REUTERS / Michael Dalder A chanceler da Alemanha, Angela Merkel
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel - Sputnik Brasil
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Com o fracasso das negociações para uma nova coalizão na Alemanha, a primeira-ministra Angela Merkel indicou que novas eleições deverão acontecer no país, em um cenário jamais visto nos últimos 70 anos no país europeu. Contudo, a medida – se confirmada – não é garantia de sucesso para um novo mandato da chanceler.

Em entrevistas concedidas nesta segunda-feira à mídia alemã, Merkel indicou que a falta de um acordo envolvendo o seu bloco conservador, os Democratas Liberais Pró-Negócios liberais (FDP) e os Verdes ambientalistas passou principalmente pela questão migratória, o que aumentou as dúvidas sobre o futuro da premiê, que está há 12 anos no poder.

"Meu ponto de vista é que as novas eleições seriam o melhor caminho", disse Merkel ao canal de TV ARD, após se encontrar com o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier. A chanceler descartou formar um governo minoritário. O único caminho que pode barrar assim as novas eleições envolve os Sociais Democratas (SPD), que ela derrotou em 24 de setembro.

Angela Merkel e bandeira da Alemanha, foto de arquivo - Sputnik Brasil
E agora, Merkel? Novas eleições podem ser a saída para impasse na Alemanha

Contudo, assim como fez após a derrota no pleito parlamentar, o SPD informou que não pretende formar qualquer coalizão governista. Derrotado por Merkel, Martin Schultz concordou com a primeira-ministra e declarou que novas eleições são o caminho correto a seguir, pelo bem da Alemanha.

Segundo uma pesquisa recente, metade dos eleitores alemães é favorável à realização de novas eleições. O temor em torno da possibilidade da direita conservadora representada pela Alternativa para Alemanha (AfD) sair ganhar com uma nova votação foi desmentida por levantamentos feitos pela imprensa local, que aponta que hoje o resultado seria parecido ao de 24 de setembro, com um leve ganho aos Verdes.

Merkel já adiantou que, uma vez confirmada a realização de um novo pleito, ela será mais uma vez candidata, liderando assim o processo em torno do país mais forte da União Europeia.

"Se as novas eleições acontecessem, então devemos aceitar isso. Não tenho medo de nada", concluiu.

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