Em 21 de novembro, a União Nacional Africana do Zimbábue — Frente Patriótica (ZANU PF, na sigla em inglês) deveria iniciar o processo de impeachment no parlamento depois da recusa do presidente de abandonar suas funções na segunda-feira.
Também na terça-feira, o presidente de 93 anos deveria ter comparecido à reunião regular do gabinete, que seria seu primeiro encontro desde a tomada de controle do país pelos militares. Contudo, ainda não se sabe se os ministros marcarão presença na reunião.
Os acontecimentos de hoje sucedem o banimento da ZANU-PF no domingo (19) contra o presidente para que ele deixe todos os seus cargos no partido, bem como a presidência do país.
A situação política no Zimbábue foi agravada com a prisão domiciliar do presidente Mugabe em 13 de novembro para proteger os cidadãos dos "criminosos" na administração presidencial. Os militares tomaram também o controle do centro de televisão pública e bloquearam os edifícios parlamentares.
A reviravolta aconteceu após Mugabe, que tem governado o país por mais de 30 anos como presidente e premiê ao mesmo tempo, ter retirado do partido governante o seu primeiro vice-presidente, Emmerson Mnangagwa, que era considerado possível sucessor e que conta com apoio dos militares.