Segundo os pesquisadores, os buracos desse tipo permitem que as partículas escapem ao espaço a alta velocidade.
"Os buracos coronais são aberturas magnéticas na superfície do Sol que permitem que o vento solar de grande velocidade se emita para o espaço", disseram os especialistas da NASA citados pelo jornal britânico DailyMail.
Os buracos desse tipo podem aparecer em qualquer momento ocupando qualquer fragmento da superfície solar. Entretanto, sua aparição durante o mínimo solar – a redução na atividade do Sol – é mais possível, segundo a informação do Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC, na sigla em inglês). Os cientistas afirmam que atualmente o mínimo solar está aproximando-se.
Os buracos coronais serão mais prováveis à medida que o Sol se aproxima do mínimo do seu ciclo, que dura 11 anos. De acordo com a NASA a próxima redução da atividade solar acontecerá em 2019-2020.
A shadowy, dark expanse extending across the top of the Sun and down each side was the most prominent feature in this Nov. 11 Solar Dynamics Observatory image: https://t.co/3mtY7jr6nz pic.twitter.com/34NbRfqXk0
— NASA (@NASA) 21 de novembro de 2017
Isso não significa que os buracos apareçam apenas durante o mínimo solar, mas nesse período eles podem manter-se durante um longo período do tempo – seis meses ou mais.
A abertura no campo magnético permite que as partículas escapem muito mais depressa do que quando o vento solar é normal. Quando essas partículas alcançam a atmosfera da Terra, podem provocar perturbações temporárias no planeta, em particular tempestades geomagnéticas que põem em perigo as redes elétricas e o funcionamento dos satélites.