De acordo com a agência Reuters, citando fontes próximas das negociações, foi concedida imunidade à acusação ao ex-presidente zimbabuano Robert Mugabe como parte do acordo de resignação.
Além disso, a segurança de Mugabe, segundo jornalistas, será protegida no Zimbábue depois do anúncio feito na terça-feira por Jacob Mudenda, porta-voz do parlamento zimbabuano, que leu a carta de Mugabe sobre a sua demissão imediata, que marcou o fim do seu governo de 37 anos no país africano.
Segundo a carta divulgada na sequência do impeachment lançado pela União Nacional Africana do Zimbábue — Frente Patriótica (ZANU PF, na sigla em inglês) depois de o presidente ter ignorado o prazo limite de segunda-feira para se demitir, Mugabe teria decidido desistir para permitir a transição pacífica do poder no país.
A crise política no Zimbábue se desencadeou no início de novembro, quando Mugabe demitiu o então vice-presidente Mnangagwa que, como muitos pensavam, devia ser sucessor de Mugabe e era apoiado pelos militares. Isso levou o exército a enviar tropas para Harare e à prisão domiciliar de Mugabe.