O colunista da revista National Interest, Daniel DePetris, analisou o "cenário insano" no qual o líder norte-coreano Kim Jong-un ordenaria um ataque com um míssil balístico intercontinental nuclear contra uma cidade dos EUA. De acordo com ele, o presidente dos EUA, Donald Trump, não hesitaria em responder com "fogo e fúria" com o arsenal de armas nucleares do país norte-americano.
DePetris considerou que o líder norte-coreano "certamente se esgueiraria para algum bunker", junto com sua irmã e seus generais, antes de Washington "dar a ordem para executar um lançamento àqueles que gerenciam a tríade nuclear dos Estados Unidos". No entanto, ele observou que o objetivo, em qualquer caso, seria destruir a Coreia do Norte.
Com a ajuda de um algoritmo chamado NukeMap, DePetris tentou determinar a extensão da destruição em termos humanos, se os Estados Unidos atacassem o centro de Pyongyang com um único dispositivo de 750 kilotons.
"Como Pyongyang é uma cidade densamente povoada, uma explosão de um dispositivo nuclear dessa magnitude mataria mais de 1,5 milhão de pessoas", revelou o colunista.
Ao levar em conta a população de mais de 25 milhões de pessoas, uma explosão nuclear de 750 kilotons em Pyongyang eliminaria quase 6% da população total da Coreia do Norte. O especialista observa que, comparativamente, seria como matar cerca de 19 milhões de norte-americanos em um único dia com um único ataque.
O colunista enfatizou, no entanto, que ninguém quer ver uma tragédia dessas se tornar realidade e que tal evento seria uma "perda terrível de potencial humano".
"Qualquer ataque nuclear em qualquer lugar do mundo iria expor o progresso inútil da civilização humana, que apesar de toda a tecnologia e os avanços médicos feitos ao longo dos séculos, é tão primitivo quanto o homem das cavernas", concluiu DePetris.