De acordo com dados da Sputnik, na manhã desta segunda-feira (27), na bolsa de valores Bitfinex, o bitcoin cresceu 3,05% e ultrapassou a marca dos US$ 9,6 mil (R$ 30,9 mil) por moeda; seu valor na bolsa de valores OKCoin foi valorizado em 3,61%, alcançando um preço de US$ 9,7 mil (R$ 31,2 mil) por unidade.
Até parece que a corrida íngreme não pode durar ainda mais. O primeiro sinal alarmante para investidores já soou: de 12 a 13 de novembro, o bitcoin desvalorizou 10% de seu valor.
Assim o mercado reagiu às afirmações de representantes do Bitcoin Classic sobre o cancelamento breve do projeto e apelo para passar a usar Bitcoin Cash. Contudo, os prazos não foram identificados.
Confiança que será rompida
O crescimento dramático no valor pode estar relacionado às expectativas do lançamento de contratos futuros em bitcoin pela Chicago Mercantile Exchange (CME), supõe a analista Olga Belenkaya.
"A direção da CME planeja pôr isso em prática durante a segunda semana de dezembro. Espera-se que a ação possa contribuir para a transformação da criptomoeda em uma ferramenta do mercado financeiro, acessível para o comércio especulativo bem como para investidores institucionais", assinalou Belenkaya.
Contudo, Balenkaya recordou ser quase impossível avaliar o valor justo de um bitcoin somente pela procura e oferta da criptomoeda. A ferramenta é altamente volátil, os riscos de formação e rompimento da bolha do bitcoin são consideráveis, ressaltou a analista.
Mineração custosa
"Em minha opinião, bitcoin é uma bolha financeira. Não tem valores verdadeiros", opinou o especialista Vigen Minasyan.
De acordo com ele, o crescimento no valor da moeda virtual pode ser explicado pela atenção especial em volta dela.
Simultaneamente, há outra tendência notável: uma parte significativa de compradores do bitcoin, agora tenta vendê-los. Em particular, a venda é notável na China, pois o governo vem reforçando o controle na esfera, explica Minasyan.
Na Rússia, o governo também por enquanto não planeja legalizar o comércio de criptomoedas para "se proteger de um ativo que pode ser altamente especulativo".
O especialista não descarta crescimento ainda maior da moeda em breve. Entretanto, ele assinalou que há limites quanto ao valor de venda da criptomoeda.
"A velocidade de obtenção desta criptomoeda vem diminuindo. Hoje em dia a obtenção de novos bitcoins requer mais energia, bem como recursos para comprar equipamentos para mineração", explicou ele.
Notícias da empresa chinesa Halong Mining sobre a criação da mineradora DragonMint 16T, equipamento mais potente necessário para obtenção de bitcoins, comprovam o argumento.
O preço de uma unidade desse equipamento corresponde a US$ 1.595 (R$ 5.145), já que o conjunto pode conter no mínimo cinco mineradoras.
Pegar o último trem
O analista Vadim Iosub acredita que em breve o valor do bitcoin irá crescer e bater novos recordes.
"A valorização crescente da moeda é comprovada pela enorme procura, bem como pela tentativa dos compradores de pegar o último trem antes de ser tarde demais. Sem dúvidas, depois da grande procura vem uma queda dramática nos preços, mesmo assim, ainda não se sabe quando acontecerá", assinalou ele.
Outro analista russo, Roman Tkachuk, acredita que o valor do bitcoin em 2018 pode superar US$ 20 mil (R$ 64 mil), contudo, desvalorizações vão acontecer também. Importância especial está nas mãos de reguladores internacionais, ou seja, de bancos centrais. Caso eles tomem uma postura severa em relação às criptomoedas, o valor do bitcoin pode ser desvalorizado até mil dólares.