Responsável pela preservação do acervo patrimonial material e imaterial do país, o Iphan, segundo o especialista em Gestão Pública Danilo Curado, que trabalha na instituição, encontra-se ameaçado no atual governo, que, para equilibrar as contas da União em meio à crise econômica, decidiu cortar recursos para diversas áreas, incluindo a da preservação do patrimônio nacional. Em audiência na Câmara dos Deputados no início deste mês, a presidente da autarquia, Kátia Santos Bogéa, afirmou que, devido à falta de investimentos, o Iphan corre o sério risco de fechar as portas.
Um dos símbolos de POA, Mercado Público, prédio histórico, tombado, foi alvo de pichadores. pic.twitter.com/HFa93My2VO
— Alexandre Rocha (@atdarocha) 23 de fevereiro de 2017
Apesar das dificuldades históricas, em diferentes esferas, para gerir o vasto patrimônio brasileiro, seja pelos recursos insuficientes, pela ação depredadora de vândalos ou por outros motivos, a situação, segundo profissionais da área, está ficando ainda mais complicada. Iniciado em 2013, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, por exemplo, que atende a 20 estados da federação, previa, em 2017, orçamento de R$ 250 milhões, mas sofreu contingenciamento de 61%, gerando ainda mais problemas para o setor.
Casarão tradicional de Cuiabá (MT) está abandonado e em ruínas https://t.co/dJXjzbjwht pic.twitter.com/jNAJ9sXdFs
— defender (@patrimonio) 20 de novembro de 2017
"É necessário que nos garantam os recursos orçamentários suficientes para que possamos responder nossas missões legais, que a instituição assumiu ao longo desses 80 anos", afirmou citado Andrey Rosenthal Schlee, diretor de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, citado pela Agência Câmara Notícias.
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