Entre 2018 e 2020, a União Europeia destinará 1,1 milhão de dólares anualmente do seu orçamento ao grupo East StratCom para combater "desinformação" e "notícias falsas" supostamente difundidas pela Rússia, segundo uma fonte do jornal The Guardian. Trata-se da primeira vez, desde sua criação em 2015, que o dinheiro para financiar a instituição não vem dos países-membros da UE e, sim, do orçamento comum, aponta o jornal.
Na semana passada, foi informado que o Reino Unido teria previsto gastar 132 milhões de dólares (426 milhões de reais) em cinco anos para impedir campanha de "desinformação" russa, assim como destinar 66 milhões de dólares (213 milhões de reais) para financiar "reformas e segurança" nos países da Associação Oriental.
Por sua vez, o Kremlin assinalou em várias ocasiões que as acusações contra Moscou e mídia russa, como o RT e Sputnik, são fruto da campanha antirrussa que surgiu após eleições presidenciais no ano passado nos EUA.
Ao mesmo tempo, em 9 de novembro, Washington obrigou o RT America a se registrar como agente estrangeiro nos EUA, ameaçando deter diretor e bloquear todas as contas, caso não seja cumprida a ordem.
Afinal, o RT America foi incluído na lista de agentes estrangeiros e, em resposta, Moscou ativou medidas restritivas contra a mídia estrangeira de caráter simétrico às impostas pelos EUA ao RT e a outra mídia russa.