Por exemplo, em maio deste ano, a empresa londrina R Fintech emitiu em Genebra a nova moeda virtual bilur, apoiada pelo dólar. Para circulação da "moeda com valor real", segundo os seus criadores, R Fintech e os seus parceiros compraram milhões de barris de petróleo e os armazenaram no Texas. Um bilur equivale a uma tonelada de petróleo, o que é igual a 6.481 barris de petróleo Brent. "Na medida em que se desenvolve o bilur, vamos comprar mais petróleo, cujas reservas corresponderão a bilhões de barris", de acordo com comunicado para imprensa.
Essa iniciativa não é única. Por exemplo, no terceiro trimestre deste ano, o economista russo Vladimir Frolov lançou em Singapura o serviço de Copernicus Gold, que oferece criptomoedas ligadas a reservas físicas de ouro: cada moeda comprada no serviço equivale a um quilo de ouro.
Além disso, em 2018, na Rússia deve surgir uma criptomoeda apoiada por diamantes, que será conhecida como D1 Coin: a unidade equivalerá a um milésimo de quilate do brilhante da companhia Alrosa.
Mais garantias?
Ligação a valores materiais garantiria maior segurança dessas criptomoedas em comparação ao bitcoin, litecoin, dash e a outras? Teoricamente, o petróleo e outros valores materiais oferecem mais segurança. Contudo, como no caso do bitcoin, um grande problema é ausência de regulamento nesta área.
Ao mesmo tempo, euro, rublo e dólar já há muito não são apoiados pelo ouro; as regram mudaram ainda nos anos 70 do século passado, relembrou à Sputnik França Kira Yegorova, gerente midiática da plataforma ICOadm.in. O valor nominal da criptomoeda deve ser considerado como o valor de uma moeda comum – rublo, euro, dólar – cujo valor é determinado pelas regras do mercado, ou seja, depende da procura e oferta.
Na semana passada, o Deutsche Bank avisou sobre os riscos de investimentos privados em bitcoin. Ulrich Stefan, estrategista principal do banco alemão, ressaltou as fortes flutuações do câmbio das moedas e ausência do regulamento no mercado, exibindo uma série de organizações financeiras que temem o uso de moedas digitais.
Ao mesmo tempo, no relatório, publicado pelo jornal britânico The Telegraph, o banco francês BNP Paribas também criticou criptomoedas virtuais.