Yann serviu como operador de lança-granadas no 542o batalhão de infantaria naval em Sevastopol em 2010-2011. Depois do serviço no exército, ele se formou na França, mas agora vive em Moscou.
Para dar a conhecer a Rússia aos franceses tal como ele a viu com os próprios olhos, Yann lançou um canal no YouTube, onde fala sobre a sua vida na capital russa e discute os temas ligados à Rússia.
Ele conta que na Rússia continua a existir o serviço militar obrigatório e acha que isso é uma oportunidade para os russos. Contudo, os seus familiares e amigos não entendiam o seu desejo de servir no exército russo, lembrando os horrores que contam sobre o serviço.
Mas Yann, conversando com a Sputnik França, respondeu assim: "Sou cidadão da Federação da Rússia, tenho que cumprir o serviço militar. Não é uma escolha, é uma obrigação".
Na França, por exemplo, desde 1996 o serviço militar não é obrigatório, e Yann compara o serviço no exército com a escola. Ele diz que, em França, ao contrário do serviço militar, a educação escolar é obrigatória e lá, às vezes, ensinam coisas más, tais como fumar ou brigar.
"Ao se tornar adulto, você não tem pena de ter andado na escola, o mesmo pode ser dito sobre o exército. Quando está servindo em uma unidade boa, nem um segundo você se arrepende disso, só tem orgulho!"
Ele explica que o serviço militar obrigatório ensina muitas coisas importantes, tais como viver na sociedade e ser responsável.
Yann passou um ano inteiro sem permissões de sair da caserna e participando em manobras na Crimeia entre jovens militares de todas as partes da Rússia de várias camadas sociais. Depois de estudar o Código Militar entre meia hora de sono e os exercícios físicos, ele percebeu que estudar direito na Universidade de Paris era muito mais fácil.