Uma das advogadas do ex-militar bósnio-croata, Natasa Favo Ivanovic, disse em entrevista à Sputnik que não tem a "menor ideia" de como o condenado teve acesso ao veneno em plena sessão do Tribunal Penal Internacional.
"Eu realmente não tenho a menor ideia de como é possível que alguém traga veneno para a sala do tribunal", disse a advogada, acrescentando que todas as possibilidades legais devem ser estudadas. "Claro, alguém dever responder por isso", acrescentou.
Ela contou que não viu o momento do ato, pois estava de costas para Praljak no momento em que ele tomou o líquido.
O croata da Bósnia e Herzegovina, Slobodan Praljak, tomou veneno no tribunal após ouvir sua sentença por crimes de guerra. O general de 72 anos foi sentenciado pelo Tribunal Penal Internacional a 20 anos de prisão por crimes cometidos durante a Guerra da Bósnia.
A advogada contou também que foi ela mesma que avisou ao juiz sobre o acontecido por ter tido a impressão de ter escutado o aviso do ex-militar de que estava tomando o veneno.
"Mas agora eu realmente não posso confirmar se ele realmente disse algo assim, ou pareceu-me", ponderou.
Praljak foi um dos seis políticos bósnio-croatas condenados em 2013, em Haia, por crimes de guerra cometidos contra civis muçulmanos durante os conflitos na Bósnia nos anos 1990.