Advogada diz não saber como general croata entrou com veneno no Tribunal de Haia

© REUTERS / ICTV A wartime commander of Bosnian Croat forces, Slobodan Praljak, is seen during a hearing at the U.N. war crimes tribunal in the Hague, Netherlands, November 29, 2017
A wartime commander of Bosnian Croat forces, Slobodan Praljak, is seen during a hearing at the U.N. war crimes tribunal in the Hague, Netherlands, November 29, 2017 - Sputnik Brasil
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O ex-militar croata, Slobodan Praljak, condenado no Tribunal Penal Internacional por crimes cometidos na Guerra da Bósnia, morreu nesta quarta-feira (29) após tomar um suposto veneno durante a sentença de sua condenação. Uma das advogadas do general falou à Sputnik Sérvia sobre o caso, levantando suspeitas sobre o acesso ao veneno pelo croata.

Uma das advogadas do ex-militar bósnio-croata, Natasa Favo Ivanovic, disse em entrevista à Sputnik que não tem a "menor ideia" de como o condenado teve acesso ao veneno em plena sessão do Tribunal Penal Internacional. 

"Eu realmente não tenho a menor ideia de como é possível que alguém traga veneno para a sala do tribunal", disse a advogada, acrescentando que  todas as possibilidades legais devem ser estudadas. "Claro, alguém dever responder por isso", acrescentou.    

Ela contou que não viu o momento do ato, pois estava de costas para Praljak no momento em que ele tomou o líquido. 

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Ao comentar as impressões sobre o estado psicológico de Praljak, a advogada contou que teve "muito pouco contato direto com ele". "Ele foi um cliente muito grato. Ele nunca nos incomodou se ele não precisasse de assistência jurídica. […] De manhã, durante a sessão, eu o vi apenas no momento em que o cumprimentei", observou. 

O croata da Bósnia e Herzegovina, Slobodan Praljak, tomou veneno no tribunal após ouvir sua sentença por crimes de guerra. O general de 72 anos foi sentenciado pelo Tribunal Penal Internacional a 20 anos de prisão por crimes cometidos durante a Guerra da Bósnia.

A advogada contou também que foi ela mesma que avisou ao juiz sobre o acontecido por ter tido a impressão de ter escutado o aviso do ex-militar de que estava tomando o veneno. 

"Mas agora eu realmente não posso confirmar se ele realmente disse algo assim, ou pareceu-me", ponderou.  

Praljak foi um dos seis políticos bósnio-croatas condenados em 2013, em Haia, por crimes de guerra cometidos contra civis muçulmanos durante os conflitos na Bósnia nos anos 1990. 

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