Em 20 anos, Estados Unidos investiram US$ 40 bilhões (R$ 128,8 bilhões) no sistema que, desde sua entrada em 2004, conseguiu destruir ogivas táticas em seis de dez testes, indica The Wasington Post.
Confira os "7 passos" que devem ser dados pelo GMD para interceptar míssil norte-coreano em caso de ameaça aos EUA:
1. Coreia do Norte lança um míssil balístico intercontinental que se eleva seguindo uma trajetória parabólica. Até o momento não existem sistemas de defesa capazes de interceptar um projétil deste tipo na fase inicial do seu voo.
2. Satélites e radares estadunidenses detectam e monitoram o míssil que deixa um traço colorido até que pare de queimar seu combustível. Um ICBM lançado da Coreia do Norte precisará de uma meia hora para alcançar o território dos EUA, enquanto 20 minutos do seu voo passarão no espaço. É nesse momento quando o GMD deverá interceptá-lo.
3. Partes propulsoras do míssil norte-coreano se separam da ogiva ainda no espaço.
4. O GMD lança interceptores. Nos EUA há duas instalações desse sistema: uma no Alaska e outra na Califórnia.
5. Foguetes de propulsão se separam do interceptor soltando do Veículo Assassino Exoatmosférico (EKV, sigla em inglês).
6. Veículo de destruição detecta a ogiva.
7. Veículo do interceptor ataca a ogiva, destruindo-a antes de que a bomba nuclear possa vir a detonar.
A probabilidade de que o sistema GMD funcione com êxito para frustrar um ataque nuclear da Coreia do Norte é muito alta — mais de 80%. No entanto, sempre existe risco de fracasso, segundo explicou o um ex-funcionário da Casa Blanca que era responsável pela segurança nacional, Bruce W. MacDonald, citado pelo The Washington Post.