O presidente dos EUA, George W. Bush, declarou em 2008 que os EUA deixariam de usar bombas de fragmentação até 2019. No entanto, o Pentágono declarou que as armas têm um uso legítimo nas operações militares.
A Convenção das Nações Unidas que proíbe esse tipo de armas entrou em vigor em 2010. Mais de 100 países se tornaram signatários do acordo. Os EUA, Israel, China, Rússia, Brasil, Paquistão e Índia, porém, se opuseram ao tratado. Acredita-se que essas nações produzam ou estoquem munições de fragmentação em quantidades significativas.
De acordo com a política aprovada na quinta-feira, os EUA autorizarão os comandantes militares a usarem munições de cluster a seu critério até que uma melhor opção esteja disponível para reduzir riscos humanitários, conforme reportado pela Associated Press.
"Isso não é surpreendente", disse Luke O'Brien, membro da Guilda de Escritores Militares, na quinta-feira.
Os explosivos que não detonam podem difíceis de rastrear, cita o Pentágono ao justificar por que considera viável a aplicação militar de munições de fragmentação. Para as autoridades de Defesa americanas, se o país interrompesse o uso de bombas de fragmentação, teria que recorrer a outras armas que poderiam causar ainda mais danos a civis localizados perto de onde as bombas caíram.