É uma substância usada como antídoto para combater efeitos de alguns venenos e substâncias nervo-paralíticas, incluindo VX, cujos vestígios foram detectados na pele de Kim Jong-nam, revelou o jornal malaio Star Online.
A edição cita a Dra. K. Sharmilah, chefe da unidade de álcool e toxicologia clínica do Departamento de Química do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Malásia.
"Recebi estes objetos [o antídoto] junto com outras sete provas entregues pela polícia às 16h16 [06h16 no horário de Brasília] de 10 de março para testes de toxicologia", declarou Sharmilah na quarta-feira (29) no Tribunal Supremo.
A especialista negou as declarações dos advogados dos acusados de que a etiqueta do antídoto estaria marcada em coreano.
Em outubro, deu início ao julgamento de dois suspeitos no crime. Uma vietnamita e indonésia atacaram o coreano no aeroporto, borrifaram um gás com componentes da substância VX no rosto do homem. As acusadas declaram ter sido convidadas para participar de uma pegadinha sem ao saber quem era o homem morto.
Outros quatro suspeitos, cidadãos norte-coreanos, conseguiram escapar para Pyongyang, supostamente com a assistência do segundo secretário da embaixada norte-coreana e de um funcionário da companhia aérea Air Koryo.
A Coreia do Norte se recusou a cooperar na investigação do caso e acusou as autoridades da Malásia de conspiração com Seul, que desde o início atribui a Pyongyang culpa pelo crime.
A acusação desatou a crise diplomática entre Kuala Lumpur e Pyongyang, levando à expulsão de seus embaixadores das missões.
A Coreia do Norte anunciou também proibição temporária para saída de malaios do seu território nacional, recebendo resposta recíproca da Malásia.