Yao Yuzhong, de 55 anos, oriundo da região autônoma da Mongólia, no norte da China, era o líder de um grande grupo de 225 assaltantes de túmulos, presos em 2015. Embora sem educação formal, Yao era instruído e durante 30 anos ganhou fama de mestre de roubo de túmulos, que herdou de seu pai.
O roubo de mais de 2.000 artefatos antigos de um local histórico da província noroeste de Liaoning foi obra do bando de Yao. No local os arqueólogos antes haviam escavado e encontrado relíquias com milhares de anos.
Na quinta-feira (30), o tribunal da província condenou o homem à morte por "ter escavado antigos locais arqueológicos e túmulos" e "revendido as relíquias culturais", disse à agência AFP o advogado de Yao, Bi Baosheng. Mas a sentença foi suspensa por dois anos, dando-lhe tempo para apelar ao tribunal ou reduzir a sentença por meio de bom comportamento.
O roubo de túmulos é mais difícil do que o roubo simples pois requer muito conhecimento histórico, inclusive saber os locais onde estes existem.
Para além disso, a profissão dos escavadores de túmulos é muito perigosa porque estas pessoas correm o risco de ficar soterradas. De acordo com a mitologia chinesa, ao danificar os cemitérios, os mortos podem se demorar neste mundo ao serem perturbados e podem começar a se vingar.
Desde 1990, as autoridades da China têm cooperado com os parceiros europeus e norte-americanos para parar o tráfego de artefatos antigos.