Encontrada por arqueólogos em 1911 em Hawara, no Egito, a múmia de uma menina de 5 anos de idade, foi transferida na segunda-feira (27) para o laboratório Argonne National Laboratory, em Washington, EUA, por especialistas da Universidade Northwestern, que estão tentando "juntar as peças da história dela".
Embora ainda haja muita informação para analisar, os cientistas conseguiram determinar nos cálculos preliminares que a criança teria sido afetada por uma doença como varíola ou malária, pois não tem feridas visíveis.
Além disso, graças à tomografia computadorizada, os especialistas encontraram vários objetos embrulhados juntamente com a menina e até dentro de seu corpo.
Na cabeça da múmia, investigadores encontraram um objeto em forma de bola que, segundo eles, substituiu o cérebro durante o processo de mumificação. Eles também encontraram fios nos dentes da menina e cerca de duas dezenas de pinos enfiados em invólucros em torno de sua cabeça e pés.
Apesar de não serem capazes de identificar o objeto, especialistas detectaram no estômago algo parecido com uma pedra.
"Toda a informação que encontramos nos ajudará a enriquecer o contexto histórico da múmia desta menina e do período romano no Egito", afirmou um dos pesquisadores envolvidos no estudo.
Ainda por cima, o estudo dos ossos da múmia poderia permitir aos pesquisadores prever melhor os riscos de fratura óssea.
A múmia Hibbard é especialmente notável por seu rosto. Em vez de ter uma máscara facial tridimensional de ouro, como a do faraó Tutancâmon, as múmias com retratos (Retratos de Faium) possuem uma pintura realista do seu rosto feita sobre um painel de madeira.