Aumenta a contagem de mortos causados pelo '11 de setembro' da Somália

© AP Photo / Farah Abdi WarsamehAtaque terrorista de 14 de outubro, na Somália.
Ataque terrorista de 14 de outubro, na Somália. - Sputnik Brasil
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O número de mortos após um caminhão-bomba explodir na capital da Somália em 14 de outubro é, na verdade, maior do que estimado inicialmente. O comitê encarregado de investigar o atentato afirmou que o número de mortos é de 512 pessoas, e não 350.

De acordo com o relatório do comitê, obtido pela Associated Press, outras 312 pessoas foram feridas no atentado de Mogadíscio e 62 continuam desaparecidas.

Poucos ataques terroristas foram tão letais quanto o ocorrido no país africano desde o 11 de setembro de 2001, de acordo com o Banco Mundial de Terrorismo da Universidade de Maryland.

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O governo da Somália culpou o grupo extremista Al-Shabaab, ligado à Al-Qaeda. As autoridades afirmam que a explosão, que ocorreu em uma rua lotada, foi causada por uma bomba que pesava entre 600 quilos e 800 quilos.

O ataque causou uma grande comoção no país e os somalis passaram a chamá-lo de "nosso 11 de setembro". Houve um grande fluxo de doadores de sangue e os familiares das vítimas procuraram por sobreviventes nos escombros das explosões durante dias.

A população local também organizou um protesto de dezenas de milhares de pessoas contra o atentando terrorista.

O grupo terrorista Al-Shabab tem recuado nos últimos anos, mas ainda controla grandes partes do sul e do centro da Somália e realiza ataques em locais urbanos como a capital Mogadíscio. Funcionários da inteligência somali disseram que a enorme bomba do caminhão na verdade tinha como objetivo atingir o aeroporto local — onde vários países têm embaixadas. Mas o local é fortemente protegido e a explosão foi realizada em uma rua lotada após soldados perceberem a ameaça e dispararem contra o veículo. 

O Al-Shabaab é o grupo terrorista mais mortal da África e foi alvo neste ano de quase 30 ataques de drones dos Estados Unidos depois do governo de Donald Trump aprovar a ampliação das atividades no país. Mais de 500 militares estadunidenses estão na Somália.

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