Vale ressaltar que este drone será uma versão modernizada do veículo de reconhecimento não tripulado da Força Aérea israelense, Eitan, pormenoriza a edição Jerusalem Post.
Já outro oficial de aviação comunicou que "vai demorar mais alguns meses até que o veículo modernizado esteja pronto para iniciar os voos de teste".
O colunista da The National Interest, Michael Peck, ressalta que tanto o Eitan (também conhecido como Heron TP) quanto o Global Hawk são conhecidos como drones de alta altitude e longa duração (HALE, High-Altitude Long Endurance drones, em inglês).
"Porém, o Eitan, que voou pela primeira vez em 2004, não tem assim tanta semelhança com o Global Hawk. Claro que não são parecidos: o RQ-4 tem aquele nariz de baleia típico, próprio dos drones estadunidenses como o Global Hawk e Predator, enquanto o Eitan tem aquele aspecto duplo que parece um pouco ao P-38 da época da Segunda Guerra Mundial", escreve o jornalista.
Peck lembra que o Global Hawk é capaz de voar à altitude de mais de 18 km, enquanto o Eitan só pode subir até 14 km. Ademais, a aeronave estadunidense possui o alcance espantoso de quase 20 mil km. Israel, por sua vez, ainda não revelou oficialmente a autonomia de voo do Eitan, mas, segundo cálculos informais, será por volta de 8 mil km.
Peck frisa que, independentemente de o drone israelense poder atingir o tamanho e o desempenho do seu "primo" estadunidense, o fato de Israel estar modernizando os veículos não tripulados de longo alcance "é significativo".
"Levando em conta a volatilidade no Oriente Médio, a oportunidade de enviar um drone que possa permanecer no céu por 40 horas vigiando territórios vastos por algo que interesse a Israel, como por exemplo sítios nucleares ou de mísseis balísticos, será de grande importância. Usar um Eitan modernizado, ao mesmo tempo que Israel começa a utilizar os F-35, é uma combinação poderosa", assegura.
Em resumo, o jornalista observa que é marcante o fato de um país com população de menos de 9 milhões de habitantes e um território do tamanho do estado de Nova Jersey ser uma das poucas nações, além da Rússia e dos EUA, que se dedica a construir drones HALE.