Rina Shimabukuro, de 20 anos, desapareceu no final de abril de 2016 na pequena cidade de Uruma enquanto caminhava pela rua. Seu corpo foi encontrado cerca de três semanas depois em uma floresta da região. O ex-militar americano Kenneth Shinzato foi apontado como suspeito após aparecer em um vídeo de vigilância comprando produtos que, segundo os investigadores, seriam usados para se livrar das marcas de sangue. O réu, que trabalhava como funcionário contratado na base aérea de Kadena na época do crime, admitiu sua culpa, dizendo ouvir vozes e desejar estuprar uma mulher há muitos anos.
O violento incidente resultou em um aumento dos protestos contra a presença das Forças Armadas dos EUA em Okinawa, marcada por uma série de outros crimes cometidos por militares americanos contra a população local e também por impactos ambientais adversos resultantes de atividades químicas relacionadas ao funcionamento da base.
Além dos habitantes de Okinawa, muitos japoneses em geral pedem a saída dos militares dos Estados Unidos de seu território, mas o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, busca, ao contrário, fortalecer a aliança com os EUA na esfera da defesa, como forma de conter ameaças vindas da Coreia do Norte.