Especialistas consultados pela edição russa Gazeta.ru analisaram esta nova "fase ativa" da guerra econômica entre as duas potências a fim de entender se a China será capaz ou não de privar o dólar do status de principal divisa petrolífera do mundo.
Todos os analistas consultados acreditam que a medida de Pequim não passe de "um instrumento destinado à desdolarização tanto do mercado petrolífero como de toda a economia mundial", embora prevejam que o processo não vá ser rápido.
Componente vital para a economia dos EUA
Vale destacar que a China dará uma maior participação de mercado aos países que aceitem o novo contrato em sua moeda nacional, assim que os maiores parceiros comerciais de Pequim serão praticamente obrigados a aderir ao novo instrumento comercial para preservar sua cota. Como resultado, "devemos esperar uma desdolarização gradual", assinalam.
Na opinião de Yevgeny Loktyukhov, especialista do banco Promsvyazbank, o mercado deste tipo de derivados parece ser bastante promissor com impacto moderado pelo menos por enquanto.
Por sua vez, Andrei Khokhrin da companhia Tserikh questiona a viabilidade de conversão em ouro, já que os mercados de petróleo e de ouro são incomparáveis em volume. Não obstante, admite que o dólar esteja perdendo seu status de principal moeda de câmbio, e o acúmulo constante da dívida dos EUA "somente acelerará a perda das posições de monopólio do dólar".