De acordo com o artigo, Sagitário A* é um dos buracos negros supergigantes que faz parte da maior estrutura no centro da nossa galáxia. Seu tamanho é equivalente a quatro milhões de estrelas similares ao nosso Sol, e sua radiação é tão intensa que poderia causar morte de todos os seres vivos à distância de 10.000 anos-luz ao seu redor. Assim, tudo que se encontra no raio do seu alcance não é capaz de escapar à radiação.
No entanto, há 8.000 milhões de anos quando o buraco negro provavelmente estava no período do seu maior crescimento, a Terra e o Sistema Solar ainda não eram formados.
Felizmente, nosso Sistema Solar é afastado do buraco negro cerca de 24.000 anos-luz, ou seja, localiza-se em "subúrbios" da nossa galáxia. Esse fato nos permite escapar da radiação de Sagitário A*.
Ao formular a hipótese sobre a presença de vida no universo, os cientistas sempre levaram em conta a radiação emitida por fontes poderosas tais como explosões de supernova ou focos de raios de gama. Mas o efeito 'esterilizante' provocado por buracos negros nunca foi levado em consideração.
Por um lado, o centro da galáxia é considerado um lugar totalmente estéril. Mas por outro, quanto mais chegarmos à borda da galáxia, diminui-se a densidade dos elementos pesados, necessários para a vida.
Assim, os astrônomos supõem que o melhor lugar da Via Láctea para viver é a zona intermediária, ou seja, exatamente onde se localiza nosso sistema solar.