Pela primeira vez, a transgressão surgiu no Facebook, quando o pai de uma menina de nove anos publicou a imagem do mapa mostrando Israel: "eis o que a minha filha do quarto ano aprendeu na escola hoje".
A escola foi obrigada a pedir desculpas, dizendo que respeita totalmente a soberania e história do Líbano e sublinhou seu cumprimento do programa oficial. O Líbano e Israel continuam tecnicamente em estado de guerra, e a lei libanesa não permite reconhecer Israel de maneira alguma, até mesmo nos mapas.
Marwan Hamadeh, ministro libanês da Educação, prometeu considerar o assunto, de acordo com o jornal Asharq al-Awsat. O membro do parlamento, Wael Abu, pediu a Hamadeh para avaliar a direção da escola e tomar as medidas necessárias caso seja descoberto que a instituição viola as identidades políticas e culturais do Líbano e da Palestina.
Tensões regionais com Israel foram intensificadas especialmente nos últimos dias, em meio à assinatura pelo presidente norte-americano, Donald Trump, da declaração sobre a transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv a Jerusalém, oficialmente reconhecendo a cidade sagrada como capital israelense. Especialistas internacionais avisaram que a decisão de Trump pode causar mais distúrbios no Oriente Médio.