Em um discurso em um evento na indústria petroquímica em São Paulo, Temer lembrou as palavras já ditas pelo publicitário Nizan Guanaes: "Ele me contou o seguinte: 'Sr. Temer, aproveite sua impopularidade e faça tudo no Brasil precisa', para mim isso ficou gravado", disse ele.
O líder do PMDB também enfatizou que muitas das questões que o governo está aprovando foram discutidas há anos, mas nenhum de seus antecessores teve a "coragem" de enfrentá-los.
"Neste ano e meio [do governo], o que conseguimos, aproveitamos a impopularidade, aproveitando exatamente isso", observou.
A este respeito, ele revisou aqueles que, na sua opinião, são os pontos fortes de sua administração, como o estabelecimento de um limite máximo para os gastos públicos nos próximos 20 anos e a Reforma Trabalhista, que entrou recentemente em vigor.
Ele também citou a reforma do ensino secundário e o fim da obrigação de a Petrobras explorar pelo menos 30% de cada campo do pré-sal.
Finalmente, ele pediu aos presentes no evento que pressionassem os parlamentares para que conseguissem uma maioria suficiente no Congresso Nacional para permitir a Reforma da Previdência, que está parada há meses.
Temer é o presidente mais impopular da história recente do Brasil: apenas 5% da população considera seu governo "ótimo ou bom", de acordo com a última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em 3 de dezembro.
Já 71% consideram seu governo "ruim ou péssimo" e, embora a porcentagem seja alta, é dois pontos percentuais menor do que em setembro, quando Temer quebrou o recorde da impopularidade de todos os presidentes democráticos do Brasil.