Os documentos desclassificados revelam que os EUA planejaram a guerra contra a Coreia do Norte durante a crise nuclear de 1994. Washington admitia um ataque com mísseis contra uma instalação nuclear norte-coreana quando Pyongyang começou a transferir combustível de um reator que poderia fornecer material para bombas nucleares.
O então presidente da Coreia do Sul, Kim Dae-jung, compartilhava a opinião de seu homólogo norte-americano e também não duvidava da vitória sobre o vizinho do norte, mas se dava conta que tal provocaria muitas vítimas.
Além disso, os documentos desclassificados apontam que, em 1997, Washington estava preocupado com a possibilidade de que uma "Coreia do Norte com fome" pudesse tornar-se instável e desencadear uma "situação perigosamente caótica".
Desde então, a Coreia do Norte desenvolveu significativamente o seu programa nuclear e de mísseis, realizando um grande número de lançamentos de teste durante 2017, o que provocou um aumento sem precedentes das tensões entre Washington e Pyongyang.
O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte adverte que "não se pergunta se vai haver uma guerra nuclear, mas sim quando será".
Com a tensão a um nível jamais visto, Moscou e Pequim propuseram o chamado plano de duplo congelamento, o que implica a cessação simultânea dos testes nucleares da Coreia do Norte e os exercícios conjuntos de Washington e Seul.