A escolha dos prefeitos para os 335 municípios da Venezuela é a última eleição nacional prevista antes da corrida presidencial do próximo ano, na qual Maduro deverá buscar a reeleição apesar da sua implacável impopularidade.
Mas vários locais de votação não registram grande participação, afirma a agência Associated Press.
"Esperemos que as pessoas estejam dormindo até tarde e que este não seja não fenômeno de abstenção", disse o bibliotecário aposentado José Tomas Franco, que classificou o nível de participação popular em Caracas como "alarmante".
Apesar da crise ter feito a popularidade do presidente despencar, a oposição não consegue capitalizar a situação. Nas eleições governamentais de outubro, a oposição levou apenas 5 de 23 estados em um pleito marcado por denúncias de manipulação e compra de votos.
Três dos quatro maiores partidos da oposição estão boicotando as eleições deste domingo porque afirmam que o sistema eleitoral da Venezuela não é confiável.
A falta de união demostra que os oposicionistas não devem encontrar um nome em comum para as eleições presidenciais, acreditam analistas.
"A oposição está condenada a tentar encontrar uma solução para seus problemas internos", afirmou Edgard Gutierrez, coordenador da empresa de pesquisas Venebarometro. "É isso ou simplesmente não competem em 2018."
Em 2005, a oposição retirou-se das eleições legislativas e viu o então presidente Hugo Chávez registrar uma vitória acachapante.
O vendedor Raul Contreras afirma não acreditar em grandes mudanças, independentemente do resultado de domingo.
"Como venezuelanos, estamos muito desapontados com nossos políticos", disse ele. "As coisas só podem mudar aqui após as eleições presidenciais".