Os funcionários dos EUA que têm acesso a arquivos classificados dizem que ainda não há evidências sólidas de que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, tenha ordenado a produção de armas reais, além de amostras e protótipos, por isso eles apenas fazem conjecturas.
"Que os norte-coreanos tenham agentes [biológicos] é algo conhecido, por diversos meios […] A questão é saber por que adquiriram os materiais e desenvolveram a tecnologia, mas ainda não produziram armas", comentou um alto funcionário dos EUA familiarizado com o assunto.
O funcionário, bem como outros especialistas entrevistados pelo jornal, reconheceu, entretanto, que uma mudança no programa norte-coreano de armas biológicas pode passar despercebida aos serviços de inteligência porque as novas capacidades são integradas em fábricas civis aparentemente especializadas em produtos agrícolas e farmacêuticos.
"Se começasse amanhã, não saberíamos disso, a menos que tivéssemos a sorte de ter um informante no lugar certo", disse a fonte.
A Coreia do Norte está trabalhando ativamente para criar armas de destruição em massa. Em 2017, realizou quinze testes de mísseis balísticos, incluindo mísseis balísticos intercontinentais capazes de alcançar o território dos EUA, e o sexto teste nuclear — o de uma bomba de hidrogênio para ser colocada em mísseis intercontinentais — apesar de as resoluções do Conselho de Segurança da ONU proibirem Pyongyang de desenvolver tais armas.